5 de fev. de 2012

Manual do Jovem Orientista - Dica nr 16

Dica no 16: Teoria do relevo.

Para aprender  a representação do relevo é preciso entender  os formatos e características das curvas de nível. As curvas de nível são linhas imaginárias de mesma altitude, representando uma vista de cima das elevações.



 A altura entre uma curva de nível e outra é chamada de equidistância; para mapas de orientação é mais comum a utilização de 5m. Isto significa que quando passamos de uma curva de nível para outra, estamos subindo ou descendo 5m. Para áreas mais planas são usadas equidistâncias menores, como a de 2,5m. Para detalhes adicionais menores que a equidistância normal são usadas as curvas de nível auxiliares. Para facilitar a visualização do formato geral do relevo, após quatro curvas de nível comuns temos uma curva de nível mestra, que tem espessura mais larga, que auxilia no cálculo das diferenças de altura. Na equidistância de 5m as curvas mestras correspondem a 25m, 50m, 75m, 100m e assim por diante.


Quando as curvas de nível estão mais próximas umas das outras, significa que o terreno é mais íngreme. Quando as curvas estão mais afastadas, a inclinação da elevação é mais suave.

Outro detalhe a ser observado são as reentrâncias, curvas que apontam para o interior da elevação, tomando como referência o topo ou as linhas d’água em sua base. O oposto das reentrâncias são os esporões, curvas que apontam para fora da encosta.

Esses detalhes são melhor compreendidos na prática,  pela comparação das representações no mapa com as situações reais. Trata-se da visão espacial a partir de uma representação em duas dimensões.

Leva algum tempo para os iniciantes terem essa visão espacial, mas com a prática da comparação mapa-terreno todos podem alcançá-la, compreendendo as elevações mais distintas e as diferenças maiores entre os formatos mais comuns.

Os tipos diferentes de acidentes do relevo vão sendo aprendidos aos poucos, à medida que os novatos vão realizando treinamentos em áreas diferentes e observando a diversidade de situações. 

A maneira de navegarmos usando as curvas de nível vai depender do tipo predominante de relevo. De modo geral sempre utilizamos os formatos mais distintos do relevo como pontos de referência, escolhendo a rota mais plana, e algumas vezes procurando contornar as elevações em vez de subir e descer ao seguir a linha reta. 

É importante observar o formato do relevo entre um ponto e outro para escolher a rota, inclusive analisando se vamos subir ou descer do ponto de ataque para o ponto de controle. Existem muitas situações onde o relevo favorece o acesso ao ponto de controle, por isso é muito importante observar os detalhes mapeados das curvas de nível.