30 de set. de 2012

Manual do Jovem Orientista - Dica nr 28

Dica no 28: Aprenda os símbolos do cartão de descrição.

Além dos símbolos do mapa, existem os símbolos do cartão de descrição, também chamado de sinalética, que fornecem informação sobre o objeto do ponto de controle e o posicionamento do prisma em relação a este objeto. Com esta informação, podemos abordar melhor o ponto de controle, achando com mais facilidade o prisma, sabendo o que e onde procurar. Esta informação pode interferir inclusive na escolha final da rota, como a decisão de atacar o ponto por um lado ou outro.

O cartão de descrição para cada percurso pode estar na frente ou no verso do mapa, mas a maneira mais fácil de consultá-lo é preso ao braço, com um porta-cartão. Com o porta-cartão no braço não precisamos desdobrar o mapa para conferir o código e descrição de cada ponto, e isto facilita bastante o manuseio. Os destros geralmente usam o porta-cartão no braço esquerdo, pelo simples motivo de ter mais facilidade de colocar e manusear com a mão direita. Podemos comprar o porta-cartão em alguns eventos ou pela Internet.


Na área de partida a organização disponibiliza cópias da descrição para cada categoria, geralmente antes de pegarmos o mapa. É responsabilidade de cada orientista conferir se o cartão que está pegando é o correto para seu percurso, o mesmo acontecendo com o mapa. É importante conferir se mapa e cartão de descrição estão corretos na hora da partida. Ocorreram vários casos de competidores que pegaram cartão ou mapa errado. 

A exemplo dos símbolos do mapa, aprendemos todos os símbolos do cartão de descrição com o decorrer do tempo, mas inicialmente é necessário conhecer pelo menos os mais comuns. Na página inicial do  Manual do Jovem Orientista você encontra a versão  com todos os símbolos previstos pela IOF. Nela aparecem as informações sobre a utilização correta de cada símbolo, descrevendo em que tipo de objeto e de que modo cada símbolo pode ser aplicado, inclusive com exemplos ilustrados.


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7 de set. de 2012

Manual do Jovem Orientista - Dica nr 27

Dica nº 27: Não perca contato com o mapa.

Não é possível nos perdermos com um mapa na mão, exceto se sairmos do mapa, literalmente falando. É comum ocorrer do novato perder o contato com o mapa, ao seguir por um determinado tempo sem verificar as referências na rota prevista, e o que deve fazer nessa situação é relocalizar sua posição no mapa.



Tão logo o terreno pareça não bater com o mapa, é importante ficar alerta, reduzindo a velocidade. Se isto acontecer, pare e admita que você não sabe onde está. Oriente o mapa com a bússola. Olhe 360° procurando por acidentes distintos. Tente se relocalizar pelos acidentes que vê, identificando-os no mapa. Uma trilha com junções ou curvas distintas pode ser útil para identificar o local no mapa. Relembre a última posição conhecida (processo de eliminação: se passei por tal acidente, devo estar em certo trecho). Siga para a referência mais próxima ou volte à ultima posição conhecida. Algumas vezes perdemos menos tempo quando voltamos logo à posição conhecida, ou seguindo até um acidente nítido, em vez de tentarmos nos relocalizar por tentativa aleatória. 

Quando acontece de estar na proximidade do ponto de controle e encontrar um prisma com outro código, primeiro tente identificá-lo pela sua característica; se continuar em dúvida, a solução é esperar um orientista de outra categoria que tenha aquele ponto e pedir para que mostre no mapa dele onde está o ponto. Daí olhe onde está o ponto em seu mapa, veja a direção correta e siga para o seu ponto. 

Gostaria de lembrar também o que não se deve fazer: não adianta pedir ajuda aos moradores da redondeza, pois geralmente eles não sabem nada sobre orientação e não têm informações sobre os pontos de controle. Não adianta subir numa árvore para tentar visualizar alguma referência marcante, este procedimento raramente ajuda. Mesmo quando sair do mapa, o correto é pegar a direção de retorno para o mapa até encontrar as vias principais ou características marcantes para retomar a navegação. 

No caso de não conseguir se relocalizar no mapa, a alternativa é seguir o azimute de segurança, que é a direção a seguir que leva o participante de novo a una zona povoada ou estrada principal no caso de estar perdido. Essa informação é importante ser passada aos principiantes, para que consigam voltar ao local do evento caso necessário. Mesmo depois de se relocalizar, mas tiver passado mais de uma hora fora da rota e o tempo total passar de duas horas, é melhor seguir direto para a chegada.

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2 de set. de 2012

Manual do Jovem Orientista: Dica nr 26

 Dica no 26: Use sempre um relógio.
 
O uso de relógio é importante para a segurança do orientista, além de ser útil para conferirmos nosso desempenho nos treinamentos. O básico é termos um relógio com cronômetro e que seja à prova d’água, pois é muito comum fazermos percurso com chuva. Depois desse tipo básico, o melhor é um com cronômetro com memória, podendo gravar 50 ou 100 tempos, para marcarmos os tempos a cada ponto de controle, principalmente nos treinamentos e competições sem apuração eletrônica. O registro de tempo ponto a ponto permite uma boa análise do percurso, considerando como fomos em cada trecho. Os modelos ideais são os relógios com marcação dos batimentos cardíacos, além de memória para resgatar os tempos e batimentos, com interface para passar os dados direto para um computador. O controle da frequência cardíaca é importante para os atletas de elite, para um treinamento mais adequado, mas pode ser útil para outros atletas experientes que valorizam um treinamento programado e eficiente.



Para os iniciantes, uma função importante do relógio é informar a hora que devem ir para a chegada, depois de passar muito tempo na área, mesmo sem ter completado o percurso. Os responsáveis ficam preocupados quando os iniciantes demoram muito a chegar, por isso costumam marcar um horário limite para retornar do percurso. 


Quando temos dificuldades num treinamento ou competição, pode ocorrer de perdermos muito tempo em alguns pontos, isto é muito comum com alguns novatos. Pode acontecer de errar na navegação e perder muito tempo para se relocalizar. Se o tempo total começar a passar de duas horas, o treinamento deixa de ser produtivo. Mesmo que seja em competição, passa a ser muito desgastante e pouco proveitoso após a segunda hora. A única exceção pode ser no caso do limite para concluir o percurso ser de até três horas e houver a possibilidade de somar tempo para uma equipe. Mas no caso de passar de duas horas, geralmente é melhor deixar de lado os últimos pontos e ir direto para a chegada, onde as pessoas que os acompanham já começam a ficar preocupadas devido à demora. Fazendo assim há melhores chances de fazer melhor nos próximos percursos, sem se desgastar além do necessário.


Na condição de estar no meio da floresta, é melhor pegar o azimute de fuga, isto é, sair de onde estiver na direção geral para uma estrada principal ou cerca de limite da área, a partir da qual podemos chegar facilmente à área de chegada. Por causa do cansaço físico, é melhor buscar uma navegação fácil até a chegada, mesmo que aparentemente seja uma rota mais longa.



Podemos aprender com nossos erros, mas é melhor aprender acertando, por isso não é bom insistir por muito tempo depois de um erro grande. Nos treinamentos às vezes é melhor desistir de um ponto difícil de encontrar e passar para os pontos seguintes, analisando depois com os colegas o motivo do erro. Os erros em que se perde tempo demais não são bons para o aprendizado.



Muitas vezes o novato não conhece ainda a técnica mais adequada para um determinado tipo de ponto de controle, fica mais difícil aprender sozinho, e somente pela conversa com o técnico ou colega mais experiente é que ele vai saber qual seria a atitude mais adequada na situação em que errou.


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Veja no ORIENTOVAR: palavras do novo presidente da IOF

BRIAN PORTEOUS: "PRECISAMOS DE TRABALHAR A SÉRIO E TAMBÉM PRECISAMOS DE UM POUCO DE SORTE"




Chama-se Brian Porteous, é escocês e acaba de ser eleito para a Presidência da Federação Internacional de Orientação no próximo biénio. Lenka Klimplova entrevistou-o para a Revista da Federação Checa e disso deu nota o World of O, no passado dia 16 de Agosto, em artigo que pode ser lido em http://news.worldofo.com/2012/08/16/we-need-luck-–-and-hard-work/. E que, pelo seu interesse, com a devida vénia aqui se reproduz.
 
Veja o restante da entrevista com as perspectivas para os próximos anos na orientação internacional.