26 de dez. de 2018

Correções na ISOM-2017 e Regras a partir de 2019



A Comissão de Mapas da IOF identificou em 2018 alguns erros (ou soluções não muito boas) na ISOM-2017. Por isso fez um trabalho para melhorar a especificação. Como até agora fizeram muitas correções, decidiram publicar um documento de trabalho como está agora. A maioria das alterações é pequena e talvez não tão importante para os competidores, mas outras têm mais impacto em nossos mapas e para os mapeadores. Uma nova revisão do documento padrão atual foi editada e publicada com essas alterações. Com a nova versão revisada, o Conselho de Mapeadores da CBO provavelmente disponibilizou na página da CBO a revisão também na versão em português do Brasil.



De imediato a principal mudança que afeta os mapas para 2019 é que foi removido o novo símbolo 411 para vegetação intransponível, por motivo de qualidade de impressão. Volta a ser usado apenas o símbolo 410. Eu havia começado a usar apenas para moitas de bambu e renques intransponíveis, para destacar em relação a outros tipos de vegetação, mas agora não existirá mais esse tom de verde. 



Uma novidade em relação à vegetação é que pode ser utilizado um fundo branco com o símbolo de árvore distinta, que eu e alguns outros mapeadores já usavam em casos onde as copas das árvores faziam bastante sombra. Agora pode ser usado apenas para melhorar a visibilidade do objeto especial de vegetação (tanto o círculo verde como o "X" verde) em áreas abertas ou em áreas de floresta com verde. 



Outra mudança que tem importância maior para os mapeadores é que o símbolo 311 (poço ou tanque de água) não precisa mais ser orientado para o norte. Para um tanque de formato retangular ele pode ser orientado na posição em que aparece no terreno. Para um poço de outro formato pode ser posicionado paralelo a qualquer objeto próximo para melhorar a visualização do símbolo no mapa, como por exemplo ser posicionado com a lateral paralela a uma trilha que esteja ao lado.



Foi adicionado o símbolo de escadaria, semelhante ao que existe na ISSOM-2019, ainda sem um número definido, que ainda não estava previsto usar no padrão da ISOM.


A Comissão de Mapas da IOF terminou a revisão da ISSpOM-2019 com base nas mudanças da ISOM-2017, válida desde 1º de janeiro de 2020.


Este trabalho aproximou mais a versão urbana da versão tradicional, com uma simbologia muito semelhante às dimensões usadas na escala 1:10.000 da ISOM e poucos símbolos adicionais ou muito diferentes. A diferença fundamental está na espessura de linhas, que é ligeiramente diferente.

O importante é que os novatos não perceberão grande diferença ao passar de um tipo de mapa para o outro, exceto é claro pela escala e quantidade de detalhes extras nos mapas urbanos.

Com a possibilidade do aumento da popularidade dos eventos urbanos mais longos que os de Sprint, é possível que as próximas revisões do Comitê de Mapas da IOF (daqui a 10 anos) levem a uma versão comum para os dois padrões existentes, a menos que os critérios técnicos de impressão não o permitam. 



O Conselho de Supervisão de Eventos aprovou uma versão atualizada das regras de competição para os eventos de Orientação Pedestre da IOF. 


Essas novas regras são válidas a partir de 1º de janeiro de 2019, com algumas mudanças a destacar:



A inclusão de regras para o formato Knock-out Sprint, que será incluído no Campeonato Mundial de Orientação (WOC) a partir de 2021.

A Assembleia Geral aprovou alterações ao programa dos Campeonatos Mundiais de Orientação Júnior (JWOC), incluindo um Revezamento de Sprint e a remoção do percurso de qualificação de Distância Média.



Regras de participação e qualificação para as competições do Campeonato Mundial de Orientação, com o novo modelo WOC que foi introduzido a partir de 2019.



Uma série de regras atualizadas sobre o Campeonato Mundial de Orientação de Masters (WMOC) com base na experiência do evento do verão passado, onde a corrida Final de Distância Média foi introduzida pela primeira vez. Por exemplo, regras atualizadas para as qualificações do WMOC e escalas de mapa revistas para a competição de Sprint do WMOC.



Maior separação mínima dos pontos de controle em provas de Sprint para 25 metros, incluindo o prisma de partida.



Regras atualizadas e a inclusão de novas regras para vários campeonatos regionais de orientação. 


Estas mudanças para 2019 terão efeito apenas para quem for participar de eventos internacionais, e para os eventos da CBO válidos para o ranking da IOF (World Ranking Event) e para o Campeonato Sulamericano de Orientação. Por isso, algumas mudanças como aparecem nas regras da IOF para 2019  não dependem da versão atual das Regras da CBO para Orientação Pedestre ou de revisão na próxima Conferência das Federações. As mudanças nas provas de Sprint para 2019 afetam mais as provas do WOC, para o Campeonato Brasileiro de Sprint vai ser conforme o regulamento que foi divulgado pela CBO.



O interessante é que para o Campeonato Sulamericano de Orientação já está nas regras da IOF que os percursos longos serão feitos com mapas na escala 1:10.000 para todas as categorias, a exemplo dos demais campeonatos regionais fora da Europa, fiscalizados pela IOF



8 de mar. de 2018

MANUAL DE TI DO ESPORTE ORIENTAÇÃO

Este manual foi feito por Daniel Mayoral Barea com a ajuda da Federação Espanhola de Orientação, baseado nos cursos ministrados por ele sobre o uso de software livre na cartografia e de novas tecnologias voltadas para o esporte de orientação.

É um projeto real e eminentemente prático no qual todas as etapas a serem seguidas são realizadas do início ao fim, a fim de aprender de maneira básica, simples e direta o uso de software livre e gratuito usado para mapear, rastrear, tomar tempo e analisar um percurso de orientação.

As ideias básicas para o gerenciamento do software são dadas, mas não é ensinado a mapear ou a digitalizar. Cabe à curiosidade do leitor experimentar mais com as ferramentas para ampliar o conhecimento e ser instruído com outros cursos ou documentos. Em qualquer caso, o manual indicará como expandir os conteúdos e conhecimentos necessários.

Ele ensina a baixar a fotografia de satélite de uma área real, prepará-la para uso com o software de cartografia, mostra trabalhos de campo cartográficos com um celular ou tablet, indica como desenhar o mapa e transferir para o software de traçado de percursos, como imprimir o mapa e passar o percurso com códigos QR em um Smartphone. Mostra a análise de percurso com a rota do GPS.

Este manual é dirigido a qualquer orientista, professor de educação física, técnico, mapeador ou traçador de percursos que pretenda ser autossuficiente para iniciar um mapa do zero, usando software livre e gratuito até o percurso e análise subsequente. Não é necessário conhecimento prévio das tecnologias.

Ele não é um manual completo sobre o uso do Open Orienteering Mapper, mas traz várias dicas interessantes sobre o uso prático desta ferramenta.

Fiz uma tradução bastante literal do manual em espanhol, adicionando apenas alguns comentários e links usados no Brasil. A intenção é divulgar as opções disponíveis que os mapeadores e traçadores de percurso podem usar, além de alguns tipos de controle de tempo no percurso que podem ser aplicados nos treinamentos de iniciantes.

Versão em português(br):

Original em espanhol: