25 de mai. de 2011

Manual do Jovem Orientista - Dica nr 7


Dica no 7: Pratique orientação sempre de maneira amigável.


O lema do CISM, Conselho Internacional do Desporto Militar, é: “Amizade Através do Esporte”. Esta é uma realidade na orientação e diversos outros esportes. Uma das recomendações mais importantes na orientação é o “fair play” (sem tradução literal para o português), que significa praticar o esporte respeitando os concorrentes, sem querer tirar vantagem por atos ilícitos, mesmo quando não tem ninguém vigiando, e vai muito além disso. É comum em eventos com várias categorias vermos iniciantes com dificuldades; quando solicitado, é comum ajudarmos mostrando no mapa onde se está, quando o novato está em dúvida. Apesar de ser proibido nas regras a ajuda técnica, deixar um iniciante perdido pode desmotivá-lo a continuar no esporte. Mas quem nunca ajudou algum novato perdido e acha que isto não é fair play, que atire a primeira pedra. Durante um treinamento podemos e devemos auxiliar os novatos, pois um dia fomos como eles. Isto é diferente da questão de ajuda técnica, que ocorre quando queremos favorecer um colega de equipe, dando dica de onde está o ponto de controle que já encontramos e ele não; em competição isto não é permitido, nem é correto.

Mesmo dentro de uma competição, quando encontramos adversários na rota, o clima de cordialidade continua; não é preciso abrir as cercas para o colega passar, mas evitamos ficar atrapalhando para marcar o ponto de controle quando chegamos juntos a ele. O novato geralmente deixa o atleta experiente marcar primeiro, pois este tem preocupação maior com o tempo do percurso, onde a perda de alguns segundos pode fazer diferença.

Outro exemplo marcante ocorreu prova de revezamento do Campeonato Mundial de Orientação de 2009 na Hungria. Já na última perna, Thierry Gueorgiou da França, Anders Nordberg da Noruega e Martin Johansson da Suécia estavam correndo juntos, disputando a liderança da prova, quando o sueco teve um ferimento grave: cravou um pedaço de madeira de12cm na sua perna. Seus concorrentes pararam para ajudá-lo. Thierry ficou com Martin pressionando sua camisa sobre o ferimento para estancar o sangramento, enquanto Norberg correu para a área de chegada para buscar ajuda. Michal Smola, da República Tcheca, foi o próximo atleta a passar pelo local e também parou para ajudar. A organização mandou ajuda e Martin Johansson foi levado para o hospital.
Depois do incidente, os três esportistas completaram o percurso e chegaram nas 25ª a 27ª posições. O Presidente da IOF, Åke Jacobson, expressou a gratidão aos três esportistas antes da cerimônia de premiação daquele dia: “O que vocês fizeram hoje é um grande exemplo de extrema esportividade e fair play. Vocês são uma inspiração para todos nós!”. Thierry, que ganhou o ouro no percurso médio e prata no percurso longo daquele campeonato, mesmo disputando mais uma medalha de ouro, não titubeou em parar para ajudar. Estes são os valores do verdadeiro campeão.

7 de mai. de 2011

Veja no ORIENTOVAR...

TIOMILA 2011: VITÓRIAS FINLANDESAS NO REINO DA SUÉCIA




Evento incontornável do Calendário internacional de Orientação Pedestre, a Tiomila fez, de novo, recair sobre si as atenções da Orientação mundial nestes finais de Abril e início de Maio. Em Botkyrka, não muito longe de Estocolmo (Suécia), os grandes vencedores foram as turmas finlandesas do Kalevan Rasti, na competição masculina e do Tampereen Pyrintö, no sector feminino.

4 de mai. de 2011

Manual do Jovem Orientista - Dica nr 6

Dica no 6: Faça parte de um clube de orientação.

O clube é a entidade fundamental da orientação. Podemos aprender orientação numa escola, mas o clube é o local onde a prática do esporte é mais facilitada. O modelo básico de clube é uma sede qualquer que pode reunir os orientistas de determinado local com o objetivo comum de participarem de eventos de orientação, criando oportunidades para que os iniciantes aprendam o esporte e que os experientes façam treinamentos para desenvolver mais suas habilidades. Além de proporcionar oportunidades de aprendizado e treinamento, o clube é o vínculo com a federação estadual e com a Confederação Brasileira para competições regionais e nacionais. Para segurança dos atletas e correto entendimento dos princípios e regulamentos do esporte e seus laços com a educação ambiental, a CBO instituiu a instrução mínima, que só um clube de orientação consegue efetivamente ministrar e atualizar.

O clube deve ter o material básico para a preparação de treinamentos e até para sediar seus próprios eventos de orientação. É necessário investimento para formação de um bom clube, mas pelo bem comum é um investimento que ajuda a todos que participam. O clube de orientação pode ser um setor de um clube maior, mas sempre tem as mesmas características, sendo a principal delas proporcionar a prática regular do esporte a seus membros.

A confraternização entre os membros também é um fator importante, não só na realização de treinamentos, ou viagens para competições de orientação, mas também com eventos sociais que promovam o entrosamento entre as pessoas. É comum na orientação um treinamento que termina num churrasco simples e possibilita momentos de descontração, ampliando os laços de amizade.

Também é importante termos companheiros para o treinamento físico. A disputa entre os atletas do mesmo clube é um fator estimulante nos treinamentos. O treinamento de corrida sempre é mais forte quando feito em grupo, pois os que correm menos tentam acompanhar os que correm mais. Os que correm mais também são beneficiados, pois apesar de correr com mais facilidade, fazem um treinamento melhor do que quando estão sozinhos. Eu sempre corria em ritmo mais forte, com mais facilidade, quando tinha pelo menos mais um companheiro para correr junto, para ambos o fator psicológico era positivo. Esta é outra opção que se pode encontrar num clube ou outro grupo semelhante do qual o orientista participe para realizar seu treinamento.