8 de mar. de 2012

Manual do Jovem Orientista: Dica nr 17

Dica no 17: Como entrar no mapa desde o início da orientação.

A comparação mapa-terreno é uma técnica fundamental, utilizada sempre na orientação. Geralmente quando estamos em área nova, leva algum tempo para nos adaptarmos ao tipo de mapa e terreno. Quando leio um mapa, imagino-me como um ponto no local onde estou no mapa e identifico os demais objetos que estão à volta, comparando com o que vejo no mapa. Conforme vou progredindo no terreno e tudo bate corretamente, a confiança aumenta e tenho mais segurança na navegação. 

Para iniciantes este trabalho deve começar com as trilhas e depois continuar pelos objetos do relevo. A visualização do relevo depende muito da comparação com o mapa. As curvas de nível são linhas imaginárias, portanto temos que imaginá-las no terreno.

 Na época de aprendizado eu costumava ir até uma área de orientação e corria sem ponto de controle algum, apenas observando os detalhes do mapa, principalmente os detalhes de relevo, e navegava através desses detalhes. Foi assim que aprendi a “ver” e “correr” nas curvas de nível.

A melhor maneira de visualizar as curvas de nível é olhando a partir de um local alto, observando os objetos mais distintos; depois imaginamos uma rota qualquer         e a executamos, observando quando estamos subindo, descendo ou correndo na mesma altura; vamos até outro local alto e repetimos o processo adiante, com novas situações de relevo.

Mesmo quando fazemos isso em áreas conhecidas, é um bom treinamento para podermos encarar áreas novas. A sensação de subir ou descer passa a estar sempre associada a cruzar uma curva de nível, ao passo que correr na mesma altura associa-se a correr na curva de nível. É interessante ver como dá certo quando contornamos uma elevação, seguindo uma curva de nível: saímos de determinado ponto e chegamos ao local previsto mais à frente, após passarmos por várias reentrâncias e esporões. Essa interpretação das reentrâncias e esporões marcados no mapa é importante ser aprendida na prática.

A visão geral do relevo é mais eficiente quando nos vemos dentro do mapa e fazemos a associação das imagens do mapa com a realidade. Vamos associando o que vemos com a posição em que estamos no mapa a cada momento da navegação. Depois de certo tempo de aprendizado, passamos a imaginar situações que estão por vir, baseados no mapa. Fazemos uma imagem mental do que vemos no mapa e esperamos com certa antecedência encontrar objetos que são fáceis de identificar. Com a prática, esta antecipação torna-se mais comum em nossa navegação, reforçando a autoconfiança e evitando paradas desnecessárias.

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