Dica nº 65: Navegação por referências.
O tipo de navegação mais comum é através dos “check points”, ou seja, pelos pontos de referência, sejam eles objetos ao longo da rota escolhida ou detalhes do relevo de fácil identificação. A estratégia mais comum na maior parte do percurso é a utilização de referências distintas no terreno, sendo importante avaliar os locais com melhor facilidade de progressão, de acordo com o tipo de vegetação predominante e a disponibilidade da rede de trilhas. Ao progredir no terreno vamos movendo o mapa e marcando com o polegar, ou com a ponta da bússola de dedo, qual referência estamos passando, mantendo o mapa orientado com a direção que estamos seguindo. Também podemos utilizar objetos lineares paralelos à navegação, o que chamamos de linhas de referência, como bordas de vegetação, cursos d’água ou encostas de elevações. Estas são técnicas básicas que usamos em todos os treinamentos e em todas as competições, pois associando à técnica de simplificação do terreno, podemos correr numa velocidade mais rápida com segurança na navegação que estamos realizado, com pouca chance de cometer erros ou perder tempo.
Quanto à facilidade de progressão, geralmente é melhor navegar pela parte mais alta do terreno, onde a visibilidade é melhor, além de evitarmos as reentrâncias, que atrapalham um pouco a manutenção do ritmo de corrida. Mas quando há encostas longas e inclinadas, onde não corremos na linha de crista, é melhor procurar correr por dentro dos vales, onde a vegetação geralmente é mais limpa e não há muita inclinação lateral. Quando as elevações são baixas é melhor correr pelas partes altas das elevações, desde que tenha a tendência de subir e descer com pouca variação, ou seja, com variação de poucas curvas de nível; a vantagem é ter uma boa visibilidade geral do relevo e certa facilidade em identificar as referências existentes nessas elevações.
Quando há diferenças de vegetação, devemos dar preferência por correr nas áreas brancas, na maior parte da rota. Algumas vezes as áreas brancas são tão boas quanto correr nas trilhas, valendo a pena uma rota mais curta em área branca em vez de uma volta maior por trilha. Quando a predominância da vegetação é mais com verde, já é melhor buscar as trilhas e as referências distintas quando for sair de uma trilha para entrar em área verde, e neste caso sempre usando a bússola com navegação precisa.
A experiência com diversos tipos de terreno, fazendo percursos em regiões diferentes, ajuda no momento de escolher a parte do relevo com melhor progressão, por isso é importante treinar com foco no uso das referências mais marcantes de cada mapa.
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