29 de set. de 2024

Manual do Jovem Orientista - Dica nr 57

 Dica nº 57: Sistema de Análise.

 A visualização psicológica é uma das técnicas mais eficazes que existe para a melhora das atuações de desportistas, muitos desportistas antes de uma competição imaginam mentalmente as ações e movimentos que deverão ser realizados. Na orientação é difícil visualizar todas as possibilidades antes da partida, mas este trabalho de visualização é muito importante logo após a realização de um treinamento ou competição. Separe um tempo para análise do treinamento após a recuperação. Marque as rotas feitas no mapa. Quando temos um relógio com GPS e interface com o computador é possível passar a rota e os tempos junto com uma imagem do mapa com o percurso, isto facilita muito a análise das rotas.



Escreva sua análise no verso do mapa, com anotações sobre o tipo predominante de relevo e vegetação, marcando o tempo de execução e ritmo médio, anexando o extrato dos tempos parciais, quando houver. Assim acompanhamos a evolução de cada temporada. Neste momento podemos nos lembrar de situações interessantes e de nossas reações em momentos diferentes. Registre as coisas positivas: podemos apontar as perdas de tempo, mas devemos enfatizar os pontos positivos de cada percurso, colocando qual poderia ser o tempo final sem os erros principais. É importante que procuremos aprender mais com os acertos do que com os erros. Atualize seu plano de concentração no percurso: baseado na análise dos últimos percursos, observe onde pode melhorar em relação à concentração e ao uso das estratégias e táticas. Com esta análise, relembrando os pontos positivos, é possível alterar alguns procedimentos comuns e tentar melhorar nos percursos seguintes.

Nas competições, geralmente comentamos com os demais competidores as rotas que tivemos mais dificuldade, logo após terminarmos cada percurso. Comente com os colegas as rotas realizadas após cada treinamento ou competição. Para completar a avaliação pessoal de cada percurso, é importante saber com os colegas quais foram as rotas diferentes, comparando quais foram melhores ou piores. Assim avaliamos quais foram as melhores escolhas que fizemos e quantificamos de maneira geral nossa percentagem de acertos. 

Também podemos aprender com os acertos dos outros, em vez de focarmos em nossos erros, procurando seguir os exemplos positivos nos percursos seguintes. Alguns exemplos que deram certo com os outros, muitas vezes nos incentivam a arriscar táticas novas que não temos experimentado nos treinamentos anteriores. Alguns exemplos de escolha de rota diferentes podem trazer abordagens positivas que poderemos utilizar em ocasiões futuras com melhoria em nosso tempo final.

A análise do percurso também pode ser feita com um formulário onde analisamos os pontos positivos e as perdas de tempo em cada ponto, levando em conta os tempos parciais, e relembrando o que deu de errado em um ou outro ponto de controle. Estas anotações são importantes para evitarmos os mesmos erros em provas posteriores, mas também ajuda a focar no que fizemos de positivo, para continuar acertando nas próximas competições.

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