8 de set. de 2021

Manual do Jovem Orientista - Dica nr 53

 Dica nº 53: Sistema de Relocalização. 

Quando perder o contato com o mapa, principalmente em uma rota longa, pare e admita que você está “perdido”. Oriente o mapa com a bússola. Olhe 360° procurando por acidentes distintos.


Em alguns locais é possível termos passado por acidentes semelhantes ao que esperávamos encontrar, mas nesta hora é importante dar atenção especial aos detalhes do mapa, geralmente olhando um pouco antes do local onde esperávamos estar. Tente relocalizar-se observando os acidentes próximos (gaste no máximo 30 segundos). Siga para a referência mais próxima caso identifique onde errou e onde realmente está, ou volte até a última referência conhecida caso esteja em dúvida. Relembre a última posição conhecida utilizando o processo de eliminação (gaste no máximo mais 30 segundos). Quando fazemos a leitura retrospectiva do mapa, podemos lembrar da última referência e, se estamos avaliando a distância, podemos buscar os elementos distintos próximos da distância que percorremos. Ao encontrar um desses elementos distintos, algo do terreno, da vegetação, ou de trilha, tiramos a nova direção para um ponto de ataque ou para o ponto de controle. 

Muitas vezes é preferível voltar um pouco, em vez de perder tempo procurando aleatoriamente por uma boa referência, pois dependendo da área pode ser difícil encontrar. Geralmente uma boa referência ao lado ou atrás fica a cerca de 1 minuto e a perda de tempo pode ser muito maior quando ficamos procurando aleatoriamente. 

No último percurso dos 5 Dias de Orientação da Suécia em 1990, depois de pegar o ponto 11, o ponto 12 ficava a 200m, tirei um azimute rápido na bússola de dedo, mas saí à esquerda do ponto. Encontrei um prisma e notei logo que não era do meu percurso, fiquei então girando em círculos, tentando achar o prisma correto, que não devia estar longe daquele. Depois de muito tempo correndo em círculos, resolvi voltar para o ponto anterior; chegando lá, olhei para o relógio: haviam se passado mais de 30 minutos, apenas naquele erro.  

Tirei o azimute novamente, fui caminhando na direção certa e bati em cima do prisma correto! Se tivesse voltado logo ao ponto anterior, ao reconhecer o erro, teria perdido muito menos tempo. Lembre-se que sempre é melhor voltar até a última referência conhecida e continuar com mais atenção. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário