Dica no 35: Orientação não é esporte radical.
Apesar de algumas competições de esporte de aventura terem provas que utilizam bastante orientação, nosso esporte não se enquadra nos esportes radicais, devido às suas formas de prática e tempo de duração da competição. Existe uma modalidade de orientação chamada de Rogaine ou maratona de orientação, praticada em alguns países da Europa, que consiste de uma prova de dois dias com bivaque no terreno, mas não é uma modalidade controlada pela IOF. As provas oficiais de orientação utilizam mapas mais precisos e seguem regras bem definidas em regulamentos nacionais.


Em 1991 participei de uma prova organizada pela Escola Naval, o 1o Raid Naval, que tinha 800m de natação no mar, um percurso de orientação, canoagem de uma ilha até o continente, percurso de montanhismo, subindo por um córrego numa encosta íngreme e descendo a encosta por trilha estreita, fechando com mais 5 km de corrida de rua. Foi uma prova em duplas, que venci com José Ferreira de Barros, orientista da Marinha, em cerca de 7h de duração, mais uma prova extra de orientação noturna.
Somente ao final da década de 90 começaram a ser organizadas provas de esporte de aventura com maior frequência, mas nessa época não tive muito interesse por causa de meu envolvimento constante com a orientação e falta de tempo disponível para um treinamento adequado. Pessoalmente não sou muito favorável a provas extremas, que exigem esforços próximos ao nosso limite por um longo período de tempo. Parabéns aos que se preparam e completam essas provas! Para mim, uma maratona típica, com tempo até próximo de três horas, já é um grande esforço, que pode ser completado sem tanta dificuldade, de acordo com o treinamento, trazendo satisfação na sua realização. Provas em dias seguidos, com tempo adequado de recuperação são bem aceitáveis, mas desafiar nossos limites ao extremo é muito radical.
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