Dica
no 17: Como entrar no mapa desde o início da
orientação.
A
comparação mapa-terreno é uma técnica fundamental, utilizada sempre na
orientação. Geralmente quando estamos em área nova, leva algum tempo para nos
adaptarmos ao tipo de mapa e terreno. Quando leio um mapa, imagino-me como um
ponto no local onde estou no mapa e identifico os demais objetos que estão à
volta, comparando com o que vejo no mapa. Conforme vou progredindo no terreno e
tudo bate corretamente, a confiança aumenta e tenho mais segurança na
navegação.
Para iniciantes este trabalho deve começar com as
trilhas e depois continuar pelos objetos do relevo. A visualização do relevo depende
muito da comparação com o mapa. As curvas de nível são linhas imaginárias,
portanto temos que imaginá-las no terreno.
Na época de aprendizado eu costumava ir até
uma área de orientação e corria sem ponto de controle algum, apenas observando
os detalhes do mapa, principalmente os detalhes de relevo, e navegava através
desses detalhes. Foi assim que aprendi a “ver” e “correr” nas curvas de nível.
A melhor
maneira de visualizar as curvas de nível é olhando a partir de um local alto,
observando os objetos mais distintos; depois imaginamos uma rota qualquer e a executamos, observando quando
estamos subindo, descendo ou correndo na mesma altura; vamos até outro local
alto e repetimos o processo adiante, com novas situações de relevo.
Mesmo
quando fazemos isso em áreas conhecidas, é um bom treinamento para podermos
encarar áreas novas. A sensação de subir ou descer passa a estar sempre
associada a cruzar uma curva de nível, ao passo que correr na mesma altura
associa-se a correr na curva de nível. É interessante ver como dá certo quando
contornamos uma elevação, seguindo uma curva de nível: saímos de determinado
ponto e chegamos ao local previsto mais à frente, após passarmos por várias
reentrâncias e esporões. Essa interpretação das reentrâncias e esporões
marcados no mapa é importante ser aprendida na prática.
A
visão geral do relevo é mais eficiente quando nos vemos dentro do mapa e
fazemos a associação das imagens do mapa com a realidade. Vamos associando o
que vemos com a posição em que estamos no mapa a cada momento da navegação.
Depois de certo tempo de aprendizado, passamos a imaginar situações que estão
por vir, baseados no mapa. Fazemos uma imagem mental do que vemos no mapa e
esperamos com certa antecedência encontrar objetos que são fáceis de
identificar. Com a prática, esta antecipação torna-se mais comum em nossa
navegação, reforçando a autoconfiança e evitando paradas desnecessárias.
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